quinta-feira, 19 de novembro de 2009

LHC - Grande Colisor de Hádrons

100 metros abaixo da superfície, 26.659 metros de comprimento, 3 bilhões de euros, 150 mil cientistas e 20 anos de contrução. Tudo isso para tentar provar uma coisa, a origem de tudo.
O LHC (Large Hadron Collider), Grande Colisor de Hádrons, é o maior instrumento científico do mundo, feito para investigar as menores dimensões jamais vistas.



Localizado entre a Suíca e a França, o LHC, entrará em funcionamento amanhã, e colocará a prova várias teorias.

O LHC tem dois objetivos pricipais, um deles é investigar elementos previstos ou mal compreendidos na teoria atual, o chamado Modelo Padrão, com o qual os físicos estudam as partículas indivisíveis (elementares) e as forças (interações) que agem sobre elas: a forte, que mantém o núcleo atômico coeso; a fraca, que age quando uma partícula se transforma em outra; e a eletromagnética, que atua quando cargas elétricas estão envolvidas. A força gravitacional não faz parte do Modelo Padrão. O segundo objetivo, mais difícil de ser caracterizado, é buscar novos fenômenos físicos na altíssima escala de energia que será atingida por ele em volumes infinitesimais de espaço.

Para fazer isso, grandes detetores foram construídos, os quatro principais são:

ALICE: Com a participação de mais de mil físicos e técnicos, de 30 países, o Experimento do Grande Colisor de Íons, com 5 metros de diâmetro e 5 metros de comprimento, tem a finalidade de estudar o plasma de quark-glúons.

LHCb: Com 600 colaboradores, de 13 países diferentes, esse detetor vai estudar o comportamento da matéria e da antimatéria, com base nas propriedades dos mésons do tipo b. Ele vai verificar se, no momento da criação do méson, a natureza privilegia a matéria em detrimento da antimatéria (ou vice-cersa).

ATLAS: É o maior detetor do LHC, para comparar, em seu lugar caberia a catedral de Notre Dame. Seu objetivo principal, é determinar ou não a existência do Higgs. Contará com uma equipe de 1,8 mil colaboradores, de 34 países.

CMS: Solenóide Compacto para Múons, tem a maior rede de colaboradores, cerca de 2,5 mil participantes, de 37 diferentes países. É um detector com objetivos mais gerais, mas também estruturado para detetar os Higgs.


Mas, se o LHC vai criar buracos negros, nós não corremos o risco de sermos sugados para dentro dele?


Diferente do que muitos profetizam, o LHC não criará um buraco negro que engolirá a terra.
Os buracos negros criados, serão microscópicos, e não terão estabilidade suficiente para manter-se, resultado, durarão milésimos de segundo, porém a informação gerada, será de mais de 10 milhões de gigabytes. Outro motivo para não ter preocupação, é que colisões como essa, acontecem o tempo todo na atmosfera. Se o LHC funcionar corretamente amanhã, será um dos maiores avanços do século.



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